Allan McDonald com sua filha de 17 meses
Foto de Notícias Bolivianas
A captura foi concretizada brutalmente por um contingente militar, que o surpreendeu na sua residência, tendo os militares destruído o seu computador e queimado os seus desenhos e material de desenho numa fogueira.
O cartoonista e a sua filha bebé foram conduzidos a um centro militar instalado num hotel de média categoria, onde ficou detido num apartamento com mais 15 pessoas. Em suites contíguas, havia muitos mais detidos. Durante 24 horas não lhe forneceram quaisquer alimentos, apenas lhe tendo sido dada água.
Segundo Mc Donald conseguiu saber, existe uma lista de pelo menos 300 pessoas que os militares pretendem aprisionar, designadamente funcionários afectos a Zelaya, intelectuais, dirigentes sindicais, jornalistas, etc.
Este foi um dos desenhos que originaram a detenção.
Mc Donald tem feito a apologia da consulta popular lançada pelo presidente Zelaya
Imagem de http://www.fecocartoon.com/
Embora detido, o cartoonista conseguiu contactar via chat a sua companheira Berenice Bengtsson (natural de Costa Rica), que se encontrava na Suécia, a quem informou que entre os seus companheiros de cativeiro se contava o consul da Venezuela em Honduras e duas jornalistas, uma do Chile e outra de Espanha. E conseguiu denunciar a situação à Comissão Internacional dos Direitos Humanos, à Amnistia Internacional e outras instituições.
Segundo notícias de ontem, o cartoonista teria sido levado por militares afectos ao autoproclamado governo de Honduras até a fronteira de El Espino para ser expulso do país, mas, segundo o site de tradutores Tlaxcala.com, a verdade é outra: o cartoonista, de 36 anos, terá sido mandado para casa no dia 30 (passado domingo).
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