domingo, 29 de novembro de 2009

Viva, senhor Ribeiro!

Com a vossa permissão, hoje escrevo aqui a título pessoal. Porque eu nutria uma grande simpatia para com o Sr. Ribeiro, por várias razões:
Primeira: foi proprietário de um restaurante nos arredores (um tanto afastados) de Leiria, que nunca foi tão conhecido (e frequentado) quanto merecia, pois enquadrava-se num cenário deslumbrante, numa azenha reconstruída e ampliada, mantendo dois pares de mós em funcionamento dentro de uma das salas de refeições, cuja farinha ele próprio transformava em pão e servia no restaurante.
Segunda: fartava-se de trabalhar (de noite numa padaria que também tinha, de dia no restaurante).
Terceira: era natural da mesma freguesia que eu, Urqueira, no concelho de Ourém, conforme vim a constatar durante as nossas curtas conversas de cliente ocasional que eu era.
Quarta: recebeu com entusiasmo, em 1997, uma das leirienses Festas da Caricatura, cedendo o espaço do restaurante e oferecendo as refeições aos participantes. Cito de memória (e peço desculpa pelas omissões: Ricardo Galvão, Carlos Laranjeira, Eduardo Esteves, Quim Paixão, Osvaldo de Sousa, Zé dos Alicates, Camilo Barata, Onofre Varela, Ferreira dos Santos... Portanto, a maioria deles são hoje associados da FecoPortugal. E acrescentemos o nome do Paulo, o jovem da foto, residente a três ou quatro quilómetros do restaurante, o mais novo dos participantes daquele festivo serão de caricatura.
Jovem que um dia me "impediu" de almoçar com a minha família naquele restaurante, porque quando ali cheguei com a minha mulher e filhos para um repasto domingueiro, as salas estavam ocupadas com o banquete do seu casamento!

Muitos dos associados Feco lembrar-se-ão do senhor Ribeiro; até porque ele posou para vários, naquele serão de caricaturas de há 12 anos. Pois no passado dia 6, fui surpreendido pela informação do falecimento através da página necrológica de um dos semanários leirienses. E só hoje tomei conhecimento das circunstâncias do seu falecimento: como já não era proprietário do restaurante Moinho do Rouco, nas Cortes, dedicava mais tempo a pequenas fainas agrícolas. E, quando manobrava um tractor, a máquina capotou, com as piores consequências para o senhor Ribeiro. Tinha completado 55 anos em Maio passado.

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